Em uma recente publicação nas redes sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo à comunidade internacional e à Organização das Nações Unidas em relação à situação das crianças que sofrem com o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
No comunicado, Lula destacou:
- A necessidade de libertar as crianças israelenses retidas pelo Hamas, assim como as crianças palestinas juntamente com suas mães na Faixa de Gaza, afirmando que “crianças jamais deveriam ser feitas de reféns”.
- A urgência de uma intervenção humanitária internacional e um cessar-fogo na região.
- O compromisso do Conselho de Segurança da ONU, presidido pelo Brasil, em colaborar para a interrupção do conflito.
Lula apelou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para unirem esforços com urgência, visando pôr fim à grave violação dos direitos humanos no conflito do Oriente Médio. Ele enfatizou a importância de libertar as crianças israelenses sequestradas pelo Hamas e de permitir que as crianças palestinas e suas mães saiam da Faixa de Gaza em direção ao Egito, exigindo um mínimo de humanidade em meio à insanidade da guerra.
Lula também destacou o compromisso do Brasil, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, em se unir aos esforços para encerrar imediatamente o conflito.
Devido a sua recente cirurgia no quadril e nos olhos, o ex-presidente Lula tem se manifestado apenas por meio das redes sociais e da comunicação oficial do governo, sem fazer aparições públicas.
Lula, o Hamas e o Conflito
Esta foi a primeira manifestação de Lula que mencionou o grupo terrorista Hamas, responsável pelos ataques a civis iniciados no sábado. Até o momento, duas mortes de brasileiros foram confirmadas devido ao ato terrorista.
Aliados do presidente têm defendido uma crítica pública mais contundente ao Hamas.
No sábado, em uma rede social, Lula expressou choque com os “ataques terroristas” contra civis em Israel, oferecendo condolências às vítimas, mas não mencionou o Hamas em sua publicação.
Nesse momento, o presidente convocou a comunidade internacional a liderar negociações de paz que garantam a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados.
Desenvolvimentos do Conflito até Agora
- Como ocorreu o ataque: As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa de Gaza, de onde o Hamas lançou 5 mil foguetes. Homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país, realizando ataques nas ruas e sequestrando dezenas de israelenses, incluindo mulheres e crianças, levados como reféns para Gaza.
- Resposta de Israel: Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmando que “estamos em guerra e vamos ganhar”. Até o momento, mais de 2.255 pessoas morreram, com a maioria das mortes ocorrendo em Israel. Gaza registrou 1.055 mortes de palestinos.
- Faixa de Gaza: É um território palestino localizado na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito. Com uma alta densidade populacional e marcado pela pobreza, abriga 2 milhões de habitantes em um território de 360 km². Gaza vive sob um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
- Histórico do Conflito: A disputa entre Israel e Palestina remonta a décadas e resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes. Em sua forma moderna, iniciou-se em 1947, quando a ONU propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.